6/30/2013

Como eu ia dizendo. Chegar a conclusões é perigoso, na maioria das vezes. Saber algo até o osso é tão improvável. Mas a vida nos ensina algumas coisas, pode ter certeza que no final, vai ter uma exatidão pra enrolar no bornal.
E foi assim que cheguei a uma conclusão, muito minha, muito de todos:

Sempre que me vejo numa situação insustentável (desde um lugar horrível pra se viver até uma incompatibilidade de gênios) a única solução é uma paixão repentina e inconseqüente pra me salvar.

Depois de vinte anos experimentando a mesma saída o saldo são três filhos e uma panelada de corações feridos e fagulhas farpudas. E a obvia conclusão de que não dá certo mesmo. Experimentei todas as variações do gênero e posso garantir que talvez meu egoísmo e minha bipolaridade não me tenham permitido firmar bandeira em nenhuma das ocasiões.

A pergunta então é o que fazer de agora em diante. Ser vegan e participar de terapias coletivas? Parar de beber e pensar na possibilidade de deus? Atravessar sinais vermelhos? Participar da histeria do entretenimento e vestir branco pra sempre? Acumular e mentir?

Não fica claro tão rápido, quando chegamos a uma conclusão certa, como sair da roda gigante. Escrever é um começo, comer menos talvez o seguinte passo. Olhar o mundo, os outros e não ser visto - besteira! Fugir pro sossego é para quem teve berço. Eu sou daqueles que janta o almoço.

A paz. Sair das ciladas sem mesmo ter entrado. Quem sabe agora, com as rugas dominando a maior parte do meu olhar eu possa dar um peteleco na próxima mariposa negra.