quanta miséria carregam os donos da verdade
que levantam a bandeira do otimismo e sorriso fácil
que esmagam com sua pretensão a todos os desiguais
suam energia e luz para dizer o que é certo e errado
esses que sempre sabem a verdade e se dizem deus
violentam na surdida a natureza diversa dos homens
do alto de seus tronos e estáveis rotinas amenas
ditam as regras do que é ser feliz, e do que é ser triste
sabem tanto, soam mágicos, são o supra-sumo da certeza
até que uma pequena espinha surge na ponta do queixo
e desaba o mundo de neuroses por sobre seu rosto
a previsível miséria alheia é agora seu fardo momentâneo
como resolver o problema da aparência, meu deus!
escondem-se na alcova, fecham as cortinas
chamam por um milagre que lhes devolva a pura face
aquela que nega qualquer resquício de tristeza
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