5/28/2010

nos flancos do buraco

e lá estavam aqueles buracos no asfalto
torrentes de papeis
sonolentas pisadas na marcha
da motocicleta
um monte de fardas, e punhos e gritos
de dez, de cinco, pó de...
e uma aranha de eletricidade me comia
e shorts ofuscavam os sacos carregados,
bares, guerras tambores Vesúvios
carne salgada cheirando a lua
a cor inútil na lua
lâmpadas que nem tinham ciúme,
rolavam cilindros de sangue,
ameixas de dez a um,
sorte por
não
acabar
entrando num banheiro de asfixia.

tínhamos segredos indecifráveis!

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