6/06/2010

with the man




















após séria bebedeira, ao sair do boteco, encontrei o velho poeta americano soprando o cu de um gato cinza. os olhos do velho inflavam junto a suas bochechas e cada vez que soprava seus pés de galinha iam formando pequenas bacias pluviais nas laterais oculares. eu tinha bebido o suficiente pra achar que aquilo fosse uma alucinação, mas ao me aproximar do velho senti o cheiro característico e a barba gigante tocou minha fronte. paralizado, observando as vigorosas baforadas no cu do felino, puxei o velho de lado e questionei o gesto. todo poeta gosta de dizer que é poeta, são travestis narcisistas. eu sopro o cu do gato, e cada miada é uma palavra a menos na boca desses egocêntricos do caralho. eu faço desaparecer as plavras no cu dos gatos e assim a nossa língua fica protegida. disse aquilo e me olhou com seus pelos do nariz enfiados no lábio superior. só pude concordar com o velho bardo e segui meu caminho. foi assim que conheci walt.

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